segunda-feira, 16 de maio de 2011

Opniões e considerações finais

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Video da Entrevista Tchaka O'hara

Editing...

Entrevista Tchaka O'hara parte V


O que une as Drags em questão de interesse e crenças?

“O que nos une é a vontade de mudar o mundo, somos sonhadores e atuantes, queremos um mundo mais colorido, cheio de glamur e shows que consigam mexer com o cotidiano normal e sem graça”.

Quais os benefícios de ser Drag Queen? O que mantém este grupo?

O beneficio maior em ser drag queen Tchaka é que posso ser quem eu quiser, através da arte consigo mostrar que é possível tudo sempre, por isso digo e repito
“Tchaka não tem dor, tchaka não tem traumas de infância, tchaka não é rica e nem pobre é milionária, tchaka me leva para outro mundo, bem diferente do Valter o que paga as contas sempre emburrado”.

Como é sua relação com outros grupos sociais?

Como Drag queen Tchaka tenho uma relação de boa vizinhança com outras tribos.. sertanejos, emos, evangélicos caretas, punks etc. Tchaka transita livremente em qualquer grupo sempre com muita aceitação, o humor quebra barreiras.

Qual sua opinião em relação às novas drags que surgem no mercado?

Acho super legal, pois elas colocam um gás no mercado, mostram o diferente, chegam com bastante vontade e vão desistindo, pois percebem que por trás de todo o brilho tem muito trabalho por trás. Drag vende sonho, vende um olhar diferenciado, e às vezes não participar de momentos em família pode ser o preço a ser pago pela escolha.

domingo, 15 de maio de 2011

A Drag Queen e as suas mil facetas.

Em um mesmo grupo social existem diferentes formas de atuações e comportamentos, podemos observar através das diferentes áreas em que uma Drag pode atuar, temos como exemplo as drags que trabalham como hostess (recepcionistas), atua como caricata, trabalha com animação etc. Resolvemos comparar as características de dois tipos distintos de drag um ligado a apresentações humorísticas e o outro em apresentações de balada.

O primeiro contato do grupo foi com a Drag Queen Tchaka O’hara ligada diretamente ao setor humorístico, percebemos suas características artísticas e comparamos com o Drag Robytt Moon que também presenciamos uma de suas apresentações na balada GLS de São Paulo, FREEDOM CLUB.

As roupas mudam totalmente de estilo, drags humorísticas se vestem com características chamativas abusam das cores, roupas floridas e maquiagem alegre sendo comparado como o palhaço do século XXI.
 A drag que faz apresentação em baladas busca mais o lado glamoroso do sexo feminino usa batons que realcem os lábios, roupas que lhe dê o ar de luxuria sendo uma sensação na balada, muitos adoram ser comparados com mulheres em suas performances por isso buscam sempre os traços femininos para as maquiagens e roupas.

Notamos a reação e a expectativa do público ao receber o drag Robytt Moon na balada FREEDOM CLUB, o tornando a maior atração do local... Como muitos dizem em depoimento o Robytt Moon arrasa por sua apresentação glamourosa e ao mesmo tempo agressiva pela forma a qual “bate cabelo” e isso o torna atrativo, pois ele sabe chegar no palco.
A forma que o público o recebe faz jus ao nome “Queen” pois é idolatrado pela grande maioria no local.

    Tchaka O'hara                                       

     Robtty Moon

Robytt Moon


Durante o dia Roberto é um figurinista renomado por seu talento, criatividade e qualidade dos materiais que utiliza na confecção de seus figurinos, os quais são feitos sobre encomenda para passistas de escolas de samba, fantasias para bailes de carnaval e drag queens. Nas noites que faz shows por todo o Brasil se transforma na Top Drag Robert Moom e impresiona com seus melhores figurinos, mak up impecável e perucas espetaculares!!!!! 

Guarda Roupa:

Roberto não economiza nos materiais utilizados em seus figurinos, vemos plumas, penas, tecidos e cristais sempre de excelente qualidade.




Maquiagem:

     Roberto faz a barba para começar a transformação e Com muita habilidade com o make up Roberto começa a se transformar em ROBYTT MOON.










Video da apresentação de Robytt Moon na balada Freedon dia 30/04/2011

sábado, 14 de maio de 2011

Sociedade - Entrevista Tchaka O'hara parte IV


"Ser gay não é opção!"

“Se eu pudesse seria heterossexual com um controle remoto na mão e sempre diria amor me traz mais uma cerveja”

Me descobri gay aos 16 anos em uma balada GLS no RJ, de principio não queria aceitar e fui convivendo com isso, houve dias em que eu me aceitava e outros dias duvidada de mim mesmo, por isso afirmo que ser gay não é opção.

Aceitabilidade:

“Minha família me ama! ninguém chega aos familiares e diz: eu sou heterossexual. A aceitabilidade foi ocorrendo porque eles sentem orgulho de mim”

Quando comecei com o projeto de ser Drag Queen, fui muito questionado de o porquê não exercer a função de advogado a qual sou bacharel, mesmo nessas circunstancias continuei com o projeto, pois pra mim Drag Queen é uma profissão.
Desde quê sua profissão comece a dar dinheiro, você é aceito muito rápido, hoje com dinheiro no bolso muitas bocas são fechadas.

Preconceito: Já sofri preconceito sim como qualquer outra pessoa, hoje se você diz que mora na Zona leste estando na Zona sul você sofre preconceito, por ser negro você sofre preconceito, por ser gordo, alto, magro por tudo hoje sofremos preconceito e a Tchaka luta contra esse ato através do humor, através da arte.
Quando me mudei pra cá de inicio houve resistência no prédio pelo fato de eu ser drag, as pessoas da rua se incomodavam um pouco por não ter conhecimento do assunto, mas hoje à situação é completamente diferente sou aceito por todos, me reconhecem como um artista porque eu impus o respeito.